quinta-feira, 14 de março de 2024

202) SANTA FRANCISCA ROMANA

" O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio." Salmos 18:2


Comemora-se em 9 de Março

   
            Desde a mais tenra idade, Francisca manifestou o seu amor pelas coisas de Deus. Imitava sua mãe nas práticas de piedade e devoção.
Fez voto de virgindade a Deus aspirando se tornar uma religiosa. No entanto, em obediência ao seu confessor e ao seu pai, casa-se com Lourenço Ponziani. jovem de família nobre, bom caráter e grande fortuna.     

            Do matrimônio de Francisca com Lourenço nascem João Batista, João Evangelista e Inês. Sendo da nobreza de Roma, usava belas roupas e joias Porém, Não se esquecia das práticas de piedade que aprendera com sua mãe na infância. Dedicou-se inteiramente á família, assumindo conscientemente a vocação matrimonial que Deus lhe permitiu viver.


            Um longo período de conturbações que culminaram no Grande Cisma do Ocidente (1378-1417). agravou a situação,de Roma,a Cidade Eterna, reduzida a uma situação de miséria, açoitada por guerras, carestia e pestes. Nesse contexto, destacou-se Santa Francisca Romana, a qual, por sua prodigiosa atividade em favor dos pobres e doentes, conquistou o honroso título de Advocata Urbis (Advogada da Cidade).


            Por meio das obras, ela manifesta a sua fé através das generosas doações. Ela ajudava os mais necessitados, distribuindo alimentos entre eles. O sogro de Francisca alarmou-se ao ver que ela, apesar da situação, conti­nuava a distribui parte das provisões que ele reservara para sustento da família, e proibiu-a de fazê-lo. Não podendo dispor daqueles víveres para socorrer os famintos, Francisca começou a pedir esmolas para eles.
            Certo dia, tomada de súbita inspiração, foi com Vanozza, sua irmã, a um celeiro vazio do palácio para procurar o que pudesse ter restado de trigo conseguiram recolher alguns poucos quilos do desejado grão. Coisa admirável aconteceu: logo após a saída das duas, Lourenço, seu esposo, entrou no celeiro e lá encontrou 40 sacos contendo, cada um, 100 quilos de trigo dourado e maduro!
            Idêntico prodígio se deu na mesma época: querendo levar aos pobres um pouco de vinho, Francisca recolheu a escassa quantidade que restava no fundo de um tonel e no mesmo instante este encheu-se milagrosamente de um excelente vinho.
            Esses prodigiosos fatos contribuíram para suscitar em Lourenço um temor reverencial e amoroso por sua esposa. Em consequência, ele lhe deu liberdade de dispor de seu tempo para suas obras apostólicas e lhe permitiu trocar seus belos trajes e joias — os quais ela apressou-se a vender para distribuir aos pobres o dinheiro — por roupas simples e pouco vistosas.


            Um novo flagelo, a peste, veio agravar essa situação. A Santa transformou o palácio em hospital e cuidava pessoalmente das vítimas da terrível doença. Sua própria família não ficou imune a essa tragédia: em 1413 morreu Evangelista, seu filho mais novo, e no ano seguinte a pequena Inês. Por fim, ela também contraiu a doença, mas foi milagrosamente curada por Deus.


            Francisca Romana recebeu de Deus muitas visões: o inferno e até mesmo o céu. Deus a consolou e lhe deu a graça de ver o seu anjo da guarda, tendo-o como um fiel companheiro e conselheiro de sua missão. Na luz desse Arcanjo, ela podia ver os pensamentos mais íntimos dos corações. Recebeu o dom do discernimento( percepção do verdadeiro caráter das pessoas) e do conselho, os quais usava para converter os pecadores.
            Orientada por seu diretor espiritual, fundou uma sociedade denominada Oblatas da Santíssima Virgem, segundo o modelo dos beneditinos de Monte Olivetto.
            Comprometida como estava pelo matrimônio, somente depois da morte do esposo, em 1436, Francisca pôde afinal realizar o maior desejo de sua vida: fazer-se religiosa. Entrou na congregação por ela fundada e aceitou os encargos de superiora e fundadora.


Santa Francesca Romana, também conhecida como Santa Maria Nova, é uma das poucas basílicas românicas da cidade de Roma. Fundada no século IX e dedicada Santa Francisca de Roma, está situada entre o Fórum Romano e o Templo de Vênus .



            Viveu no convento apenas três anos. Em 1440, viu-se forçada a retornar ao palácio Ponziani para cuidar de seu filho, gravemente enfermo. Atingida por uma forte pleurisia, ali permaneceu, por não ter mais forças.
            No dia 9 de março, durante a oração do Ofício da Santíssima Virgem, com os olhos muito brilhantes, dizia estar vendo o Céu aberto e haverem chegado os Anjos para buscá-la. Com um sorriso iluminando-lhe a face, sua alma deixou esta Terra.


            Ao elevá-la às honras dos altares, em maio de 1608, o Papa Paulo V qualificou-a de “a mais romana de todas as Santas”.




Provérbio:
"Profunda é a liberdade daquele que, livremente, se dispõe a servir." (Pe. Luiz Carlos do Nascimento)


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