sexta-feira, 13 de março de 2020

184) O HOMEM INTEGRAL 2

"Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer."Salmos 33:12



REFLEXÕES RETIRADAS DO LIVRO "O HOMEM INTEGRAL" DE JOANNA DE ANGELIS - PSIC. POR DIVALDO FRANCO

1) O homem livre sonha e trabalha, confia e persevera, semeando a feliz colheita que virá. Meta a meta ele ascende, fazendo opções mais audaciosas no campo do belo, do útil, do humano.
Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibrada, sem vestígios de ódio ou desejo de vingança, podem planejar para o bem, o êxito, a felicidade.




2) A liberdade não se herda de gerações passadas. Cada indivíduo a conquista lentamente acumulando experiências e amadurecimento.
Esvaziados de objetivos elevados, o indivíduo ou os grupos sociais proporcionam a anarquia, que se mascara em liberdade. Sem ideal, sem consciência ética, permanecem vazios e presos a desejos que nunca satisfazem.



3) Medos, aspirações e sofrimentos, estereotipam-se em forma mitológica como, por exemplo, a mitologia grega expõe.
Os mitos modernos criados pela mídia e tecnologia (super-homens, He-Man, robôs heróis etc.) geram personalidades extraordinárias permitindo que a ficção leve os jovens modernos a confundir suas possibilidades limitadas com as remotas conquistas de fantasia, dando margem a uma cultura superficial e vandálica.
A extravagância torna-se modelo de autorrealização, desde que choque e agrida o convívio social.



4) Breve os mitos cederão lugar a realidades, que já se apresentam como conquistas desafiadoras. Estas se incorporarão pouco a pouco ao cotidiano, ensinando disciplina, controle, respeito por si mesmo, aos outros e as autoridades, que no homem se fazem indispensáveis para a feliz coexistência pacífica.



5) O homem realmente não se conhece. Identifica e persegue metas exteriores sem uma identificação íntima, sem uma mente aberta aos valores morais internos. Assim se encontra desestruturado, sem a resistência necessária para suportar as vicissitudes que a todos surpreendem: enfermidades graves, golpes afetivos e a inexorabilidade da morte.



6) A experiência do Amor é essencial ao autodescobrimento, pois somente através dele se rompe a couraça do primitivismo, predominante ainda na natureza humana.
O Amor se expande como força cocriadora, estimulando todas as expressões e formas de vida. Possuidor de vitalidade multiplica-a naquele que o desenvolve quanto na pessoa a quem dirige. Energia pulsante é o próprio hálito da vida a sustentá-la.



7) Amar torna-se um hábito edificante, que leva à renúncia sem frustração, ao respeito sem submissão humilhante, à compreensão dinâmica, por revelar-se uma experiência de alta magnitude, sempre melhor para quem o exterioriza e dele se nutre.



8) A autoconsciência é o conhecimento lógico do que fazer e como executá-lo. Mas que não se torne uma obsessão, em face do excesso de cuidados, para não correr o risco lamentável do perfeccionismo. É uma forma de dilatação daquilo que já se sabe, aumentando espontaneamente a criatividade, levando a mais realizações efetivas.



9) A atitude apressada de viver emocionalmente acontecimentos futuros, que se darão ou não, prejudica a vivência confortadora das realidades presentes. Para esta conduta ansiosa Jesus recomendava que “a cada dia baste a sua aflição”, isto é significa manter-se a cada hora com equilíbrio e vive-la conforme se apresente.

10) A introspecção é um processo de conduzir a atenção para dentro, para análise das possibilidades íntimas.
A meditação desenvolve as forças latentes e não precisa afastar o homem para lugares especiais ou para comportamentos exóticos, desligando- se do mundo objetivo e caindo em alienação.
A introspecção cria o clima de segurança emocional para realizar uma ação de cada vez. Ajuda a manter a calma e a valorizar a sucessão das horas.
O homem introspectivo é comedido e atua conforme o momento, com serenidade, confiança e vigor.



11) As ações humanísticas são o passo que revelam a consciência ética do indivíduo que não se contenta com a experiência do prazer pessoal, dando-se conta das necessidades que lhe vigoram em volta, aguardando sua contribuição.
A consciência ética é a conquista de iluminação, da lucidez intelecto-moral, do dever solidário e humano. 



12) A religião se destina ao conforto moral e á preservação dos valores espirituais do homem. Desvelar os segredos da vida após a morte demonstra-lhe o prosseguimento das aspirações e valores humanos noutra dimensão, dentro da mesma realidade.
Ao lado da Ciência a religião deve favorecer a investigação em torno dos fundamentos existenciais, das origens do ser e do destino humano.
O desafio consiste na coragem da análise de conteúdo da religião, das suas teses e propostas, para que haja um relacionamento criativo entre o crente e a fé, a religiosidade e a religião.



13) A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adoção de uma religião, que independe do formalismo, que aproxima o indivíduo de Deus em toda sua plenitude, através de um inter-relacionamento integrador com a natureza e com todas as formas viventes ou não.



14) Fruto de um contexto imediatista-consumista, a sobrevivência do Homem está baseada nas falsas propostas de ‘ter” para “poder” e “parecer”; Formando assim uma sociedade de apresentação, sem profundidade, sem estrutura psicológica.



15) Ninguém é indispensável em lugar nenhum. Ao aposentar-se a desincumbência do dever reflete-lhe a nobreza de sua consciência. Além do dever o homem deve abraçar ideal de enobrecimento pessoal e grupal, participar, envolver-se emocionalmente, fazer-se presente na comunidade como complemento de sua conduta existencial.

Provérbio:
O coração não se encontra onde palpita, mas sim onde ama. (Sara Bronzino)


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